domingo, setembro 30, 2007

Ferida

Põe o dedo na ferida. Insere depois a mão. Continua até os braços estarem também lá. Penetra-a com a tua cabeça. Demora o movimento. Sente o sangue a escorrer-te pela pele. Mergulha. Rasga-a com firmeza para que a dor faça parte de mim. Espalha-a pelo meu corpo até que ela o devore. Não sou mais que isso, uma ferida que não recorda o seu começo e desconhece o seu fim.

domingo, setembro 23, 2007

Milagre?

A vida não é um milagre. A poesia não passa do seu plano transcendente. Deus, por mais que o deseje, não existe. O momento não é mais do que isso. O que está para vir ninguém o sabe. O passado já foi. A vida não é cruel, apenas nua e crua. Ela simplesmente é o que é, e nós vamos estando por aqui.

quinta-feira, setembro 20, 2007

Sabes que bateste no fundo quando o teu amigo imaginário gozar contigo constantemente.