Ferida
Põe o dedo na ferida. Insere depois a mão. Continua até os braços estarem também lá. Penetra-a com a tua cabeça. Demora o movimento. Sente o sangue a escorrer-te pela pele. Mergulha. Rasga-a com firmeza para que a dor faça parte de mim. Espalha-a pelo meu corpo até que ela o devore. Não sou mais que isso, uma ferida que não recorda o seu começo e desconhece o seu fim.