terça-feira, janeiro 09, 2007

Ouves o que se passa no horizonte? O zumbido constante que te chama? Diz-me que não sou só eu... Pára um pouco e sente esta suave vibração do mundo em teu redor. O que está estático e no entanto liberta cor e som. Não sentes o apelo? Como é intenso. Está já aqui. A parede branca que fala continuamente sobre tudo e nada. Não me digas se sou só eu. A cadeira que se agita com uma impossível sensação de liberdade. O banco que declama poemas de amor e ódio como nunca ninguém fez. Eles estão todos aqui. Lá fora o alcatrão dança de alegria com o passar dos carros. Por favor, diz-me que não sou só eu. Discos de luz rodeiam-me. Andam por todo o lado transmitindo nada mais que paz. Mas tudo está de passagem. Afinal era mesmo algo meu... Nada dura neste espaço tempo solitário e misantropo.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

GENIAL ESTE ESTILHAÇO NA ALMA............BEM HAJA......PAULO VILELA AT HOME.........CLOUDS COVER THE STARS

11/1/07 23:36  

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