Fujo de mim... não me quero sentir aqui. O teu horizonte vagueia sem direcção. Fica aí. Não te aproximes. Queres-me assim? Segue-me. Vamos caminhar neste trilho ausente de esperança. Repleto de ilusão. Por onde ninguém passou. Por onde nunca passarão. Gente a quem o esquecimento cortou asas de anjos negros na fragilidade do tecido temporal. Juntos e sós. Ela e a regressão. Podemos parar. Voltamos para trás? As estrelas penetram-te, impossível dizer que não. Não nos movemos. O mundo passa por nós. As faces seguem-nos. Nada. Respondo-me por ti. O que mais foi? Guarda o monte Gelo, segue a escuridão. Linhas nascem atrás de mim. Luz implacável. Nuvens de concreto a roçar o sem nexo. Jamais tornará a brotar tormentos indagáveis. Guarda imagens de suor, não as quero para mim. Vemo-nos por aí? Sem qualquer valor? Sou eu que canto murmúrios do futuro que chamo para mim. Um movimento de queda perpétua, forjada como o mais belo dos presentes, de ti para mim. Um homem à nossa frente. Simples e decidido. A sua morte é certa na vulgaridade. Guarda esse olhar para ti... Não te quero aqui.
domingo, outubro 22, 2006
Previous Posts
- Estou junto ao precipício. A sua voz enche-me a al...
- O teu corpo oferece-se ao meu. Repetindo o que jam...
- Mais uma vez perco o olhar que me hipnotiza. Passa...
- Quero cair… sentir os dedos frios da morte a rasga...
- We could go wrong... Just let it be. Life is to be...
- Ouço-te sem responder. Não posso repetir. As tuas ...
- A mundo repete-se vezes sem conta num tormento que...
- Hoje ela lembrou-se de ti. Ligou-me. A voz era tré...
- O ar rodeia-me em lunares vozes diurnas. Plano. Vo...
- Cinco... ou mais? Não me recordo... Talvez sete ou...
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home