Cinco... ou mais? Não me recordo... Talvez sete ou oito... Mas sempre igual. O mesmo ritmo de morte. A mesma tempestade de calor. O corpo corre longe de mim. Neste frágil gueto de isolamento animal. Sobe e desce... Sempre igual. A morte caminha só. A meu lado. Sempre igual. Fluidos misturam-se em antecipação do fim inevitável. Saliva... suor... carne... Sempre igual. Entra e sai. De mim para mim. Só eu. A morte ergue-se junto ao monte. Olimpo ou Sião... A quem interessa? Deixa o paganismo percorrer a mente. Sempre igual. Imagens... e mais imagens... Sempre as mesmas... retarda... apaga... deixa-te ir. Pontes caem atrás de mim. Continua. Desliza junto a mim. A morte afaga-me lascivamente. Da mesma maneira. O ritual funde-nos. Toca-me. Sou eu que estou aqui. Esqueceste-te? Só eu. Sempre igual a mim mesmo nesta infindável dor de não saber o que vive aqui. Paro junto à linha apenas para a ver desaparecer. Surjo mais atrás sem perceber o movimento apesar da sua repetição... sempre igual, mas irreconhecível. Corre... anda... rodeia...anda... corre... fere... MATA!
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