segunda-feira, julho 10, 2006

Loved the midnight talk. I’m glad midnight was all night... Os teus beijos que me cobriram sem sair da minha boca. A tua língua que deslizava nos teus lábios, numa ternura sexual. As tuas mãos que se mostraram reticentes em me tocar. O teu cheiro que me inebriou. Os teus olhos que me olhavam com desejo. As tuas palavras que me pediam sem o dizerem que a noite não acabasse. O teu prazer na dor que me fascinou. As histórias que contei sobre mim nunca o mostrando. A tua alegria que me tira do meu mundo obscuro. O teu sorriso que me faz pensar que a vida pode ser diferente. O passar da tua vida pela minha que neste roçar suave me faz sonhar, que me faz sentir vivo, que acende uma chama de vela sem o ardor da faísca. E tudo isto criando em mim a esperança que o mundo poderá rodar de outro modo, sair da prisão da eterna estrela e viajar pelo cosmos na busca de outros sítios, largar a prisão da eterna galáxia e simplesmente deixar-se ir pelos sentidos, longe de qualquer tipo de obrigação. Num cuidado gentil sopraste-me ao ouvido, falando sobre o que está para vir e deste-me paz como não a conhecia há o que pareciam longos anos de sono. Embalaste-me com o teu acto de ouvir o que eu tinha esquecido lá bem dentro. O que foi ainda está para vir, mas na curta pausa que passaste por mim acordaste o sonho.