sexta-feira, julho 21, 2006

Hoje quero escrever sobre o nada, sobre o vazio do espaço, sobre a frieza que reina entre os astros mortos que deambulam longe uns dos outros. Quero abstrair-me de tudo. De mim, de ti... sentes o corpo a ir? Sentes o vazio entre nós? Não me deixes ir... lá fora a eternidade espera-te, mas para quê? Fica aqui... só desta vez segura-me a mão... só desta vez, olha-me e pede-me para ficar. Esquece-me e começa de novo. Eu e tu como nunca fomos. Nunca vi nascer o homem novo, acho que nunca à de vir. Escreve o que sinto. Diz o que penso. Porque tu nunca quiseste ser eu, mas somos um só com o vazio entre nós. Um vazio que não se consegue medir... ou sentir. Um vazio que vive lá, aqui, entre mim e ti. Gélido, intocável, intransponível, longe, perto, aqui... sempre aqui dentro de mim. Queria vê-lo, queria senti-lo, porque sei que existe, só que procuro onde não o hei de achar. Acho que propositadamente. Queres viver o que não sou antes de me encontrares perdido dentro de ti. Como te odeio...